quarta-feira, 2 de julho de 2008

QUANDO ACABAR A MALUCA SOU EU.







Essa é uma frase de uma música de Raul Seixas, que ouço desde pré-adolescente.









Para encerrar esses posts de "patias", resolvi postar minhas últimas observações.






Houve um tempo em que eu me achava, sensível demais, extrovertida demais, carinhosa demais, falante (e escrevente) demais.






Achava que levava a vida a sério demais.






Ontem conversei com vários amigos, manifestando indignação de fatos ocorridos recentemente, tanto no âmbito pessoal, profissional e, porque não, social.






Minha amiga, Rogéria Kinoshita, me deu um toque de gênio.






Enquanto eu me aprofundo no meu excesso de sensibilidade (nasci assim vou fazer o quê...quem sabe o que já estou fazendo, me distanciando das situações, olhando-as de fora como se não fizessem parte do contexto da minha vida para uma melhor análise e solução. Tem dado certo.)






Mas há momentos em que dá vontade de chegar em certas pessoas e extravasar minha indignação com seus atos.






Santa...não sou. Erros, cometi vários. Arrependimento, tenho poucos, pois por incrível que pareça, me analisando, vejo que mesmo nos piores erros, semprealguma coisa boa aconteceu. Que algo me ajudou a me edificar. Ainda não sou uma rocha, nem pretendo.









Quero continuar sendo a Gy afetuosa, extrovertida, brincalhona, amorosa, criançona e tantas outras qualidades que me faz bem ter.






Quero continuar a ser a Professora Gy, que se sente num momento mágico, transmitindo conhecimento aos meus queridinhos pré-escolares.






Quero continuar a ser a Dra. Gy, que abraça suas causas com vontade, garra e determinação, que sabe a hora de lutar, a hora de calar, a hora de guardar trunfos na manga e a hora de conciliar, vendo o desgaste das partes.






Quero continuar a ser a Gy namorada, namorida, que dá carinho mas também exige maturidade.






Quero continuar a Gy filha, sobrinha, prima, amiga, tia, meio mãe adotiva, que está sempre aqui para os meus familiares.






E, sendo essa Gy, sou sensível sim, nesta semana fiquei chateada a ponto de me recolher um pouquinho, pensar, e descobrir que na vida devo ter errado apenas uns 20%.






Minha mãe disse que quem se condói demais e sente culpa demasiada é porque é muito exigente consigo. E que certos fatos fogem de nosso controle, e não há como evitar que eles aconteçam e que eu não tenho a menor cara de Dom Quixote, tô mais para Condoleeza Rice... ri demais.






Então, se amanhã o mundo acabar, com certeza a maluca serei eu, que ainda me emociono, sinto, vivo, tenho compaixão, procuro perdoar, mas também me seguro para não bater ou gritar ( Uma dama não faz isso, ainda mais com tanta gente que me cerca e algumas que precisam de mim.






Tô estressada. Claro, há meses.






Então a saída foi colocar o trabalho em dia e me dar férias, umas duas semaninhas, mas sempre de olho nas eventualidades do meu trabalho.






"Mais louco é quem me diz, e não é feliz. Eu sou feliz!"





















2 comentários:

Daniel disse...

Gy Camargo

Há felicidade sem uma pitada de loucura?
A loucura, sensata, ajuda em tudo. Verdade, verdadinha!
Considerações
Daniel

Gy Camargo disse...

Daniel, realmente não há!
É paradoxal a loucura caminhando junto com a sensatez.
Mas o que nessa vida não é paradoxal...
Obrigada,apareça sempre.
Gy