terça-feira, 22 de julho de 2008

A VELHINHA DO STUDIO 54, DERCY GONÇALVES, CHER E EU

A VELHINHA DO STUDIO 54, DERCY GONÇALVES, CHER E EU!!!!




Semana que vem faço aniversário e estou em pique de comemoração desde semana passada.

Não sei o que foi que me deu, entrei no dito “inferno astral” e saí de lá direto para o Paraíso!

Estou feliz demais, olhando para trás e lembrando de tudo que passei e das coisas mais recentes, vi que só tenho a agradecer a Deus e os instrumentos (fatos e pessoas que ele usou para que eu chegasse até aqui viva).

Amadureci, refinei minha percepção e aprendi que posso me dar ao luxo de ser autêntica.

Como adoro palestras, ouvi uma do Gasparetto dizendo que o maior problema da nossa vida são “os outros” ( Como ele diz “ozotro” com z e tudo junto mesmo, pra reforçar bem a negatividade).

E eu acredito que tenha ganho o melhor presente da minha vida, deixar pra lá o que “ozotros” pensam a meu respeito.

Sei muito bem o que é isso, já passei horrores por causa “dozotros”.

Meus aniversários, alguns foram ótimos e outros um desastre, faço aniversário no fim do mês que fica na metade do ano...presentes...raridade, rs.

Já tive muitas festas legais, meus 15 anos chiquérrima. Uma “nhocada” surpresa quando era adolescente, com bolo Pullman com velinhas. Meus chás da tarde de aniversário com Lu. Rê e Kaká...rs. O aniversário surpresa com a turma do brejo.

Mas, o que me faz refletir é quem eu sou e no que me transformei.

Hoje sou segura profissionalmente.

Hoje sou “desencanada” emocionalmente. Se perder fazer o quê, continuar a viver, ainda mais e melhor.

Lembro até hoje de uma pessoa que disse quando eu casei (aí entra a dúvida... eu assinei um papel com um monte de gente olhando, mas no fundo, hoje eu sei que pensava: “não vai dar certo essa história”).
Até que deu certo, senão eu não teria sido mãe, apesar de ter sido só por 07 meses e 22 dias. Mas foi uma das experiências mais dolorosas física, mental e espiritualmente. E uma experiência de doação, desprendimento e amor incondicional.

Aliás, se cair um piano na minha cabeça hoje, um boing, ou sabe-se lá o que, eu posso dizer que amei muito e fui muito amada, conheço gente septuagenária que vai morrer sem poder ter experimentado isso. E muitas pessoas que não precisam ser idosas, mas também nunca doaram e nunca receberam o amor que recebi.

Voltando a história do tal casamento me disseram assim: “Juro que pensei que você fosse a vida inteira viver na balada e adorar boate GLTB...rs."

O que eu posso fazer se passei pela fila da feminilidade duas vezes...rs.

O que posso dizer que as músicas que mais gosto de dançar tocam lá...rs

Hoje eu digo, vou morrer como a velhinha do filme Studio 54, que morreu na pista de dança, guardadas as devidas proporções da história.

Creio que depois de tudo que já passei minha longevidade é latente.

Nessa parte que me comparo à saudosa Dercy: faça o que você sabe e gosta de fazer, seja autêntica, esqueça “ozotros” e seus pré-julgamentos hipócritas.

Acho que serei como minha saudosa tia-avó, a Elza maior (tem três na família), velhinha, solteira, sem filhos, mas querida e com a casa sempre cheia dos sobrinhos, sobrinhos netos e bisnetos e seus amigos, porque a companhia dela era agradabilíssima.

Faltou a Cher, serei como Elza maior, eu creio, mas com jeitão de Cher, conservada, com pique, que sabe dizer Bye –bye, sentimentalmente, mesmo que doa, se não estiver satisfeita, e, seguir a vida.

Hoje eu sei minha missão nesse mundo! SER FELIZ!

Sendo feliz, essa energia positiva passa e quem estiver no meu convívio assim também o será.

Madame Morriette Morrineau morreu no palco praticamente, e eu vou morrer na pista de dança (ainda não sei se tocando ou dançando,depois de anos de Magistratura), rs.

Duvida? Paga pra ver...rs

Enquanto isso não ocorre, vai demorar hein, continuarei autêntica.

E feliz paraíso astral pra mim.

(Gy Camargo)

God is a DJ: http://youtube.com/watch?v=aU93oy6thdU&feature=related

Um comentário:

Vanuza Pantaleão disse...

Oi, Gy!
Parabéns!!!
Aquela velhinha do studio 54, tava lembrando dela, Dercy, nunca a esqueço, tenho que falar nela e a Cher, tão excêntrica, aquelas roupas...
Mas, não adianta, você sumiu...Queria tanto ser tua amiga, tantas coisas em comum...Bjs na madrugada!