segunda-feira, 26 de maio de 2008

DEUS TRABALHA ATRAVÉS DE CAMINHOS MISTERIOS






DEUS TRABALHA ATRAVÉS DE CAMINHOS MISTERIOSOS

Bom dia Sra. Cíntia Melo!

Hoje é seu aniversário. Quantos anos você está fazendo? E quantos anos você amadureceu hein negucha? Acredito que muito mais do que você está fazendo, pelas atitudes corajosas que tem tomado.

Eu gosto de dar presentes originais, e, pela distância e por eu adorar escrever, te dou de presente esse post.

Lembro que te conheci no orkut, creio que por eu estar fazendo curso de DJ na época.

Época doida, em que estávamos, eu acabado de voltar para Sorocity, piradinha das idéias e você também recém chegada e com saudade da vida que tinha deixado em Tatuícity.

Eu sem saudade nenhuma de onde tinha vindo, querendo jogar fora quase 18 anos de estudos e viver de música, ao mesmo tempo querendo fazer faculdade de Psicologia (Dizem que é o sonho de todo doido ), me readaptando na advocacia, querendo terminar meus estudos de Inglês e ser tradutora, ou seja, totalmente perdida.

Na realidade hoje eu sei que o que eu queria mesmo é que a alegria voltasse para a minha vida.

Sempre vestidíssima, maquiada, perua no último, mas na verdade o que eu queria era voltar a externar a alma bonita que estava guardada embaixo de tanta tristeza.

Você, como te disse na época, “sempre alerta”, com um escudo protetor e uma carinha que dizia: “Eu quero sair daquiiiii!!!!

Aí é que entram os caminhos misteriosos de Deus.

Primeiro você me contou que era de Tatuí, eu contei que gostava da cidade, adicionei uma comunidade sua de Tatuí, e parou por ali, naquele momento.

Depois teve meu aniversário, e eu ainda querendo botar para fora a alma daquela Gy exuberante que sempre fui, mas estava tentando só externar, através do visual, mas por dentro estava um caco, um farrapo humano cheio de mágoa, rancor, raiva, ira e sentimentos de vingança.

Certo dia você me convida para uma festa na casa do Dri Porem, eu vou, chego lá, as bonecas tinham ido ao comprar sei lá o que.

Nessa me aparece Wall, me mede dos pés a cabeça, olha meu pai de chofer e me diz para entrar com cara de quem pensa: “De onde surgiu essa perua”?

Tento ser simpática, aí vocês chegaram e eu me soltei... acho que até um pouco demais naquele dia.
E a vida foi seguindo, eu sempre na casa de vocês, reclamando da vida, do escritório onde trabalhava, de cada uma que o ex-marido me aprontava, da descoberta de falsos amigos de anos, mesmo assim me divertindo.

Hoje eu sei que o Santo do Wall não bateu com o meu de cara porque ele conseguia ver que eu estava perdida e problemática e dando uma de alegrinha. Agora a gente até dá altas voltas a pé, só nos dois e pára numa pracinha pra bater papo, falar da vida, sentimentos e espiritualidade.

Aí vieram todos os outros meninos, sua mãe, minha afinidade com a Ká e viramos uma turma que tem em comum muita sensibilidade e garra.

Daquela comunidade de Tatuí, que vi na sua página me aparece a sobrinha do Mikita, que começa a teclar no MSN comigo até o dia que ele entra no mesmo cyber que ela e pela cam começamos a sorrir um para o outro, dar tchauzinho e estamos juntos, na luta e reconquistando nossos espaços juntos.

Você arrumou seu primeiro emprego, do seu jeitinho foi orquestrando sua vida e, de repente, vira e fala: Galera, fuuuui!

E foi mesmo, madura, em busca da sua felicidade com quem você ama.

Eu fiquei aqui, fui melhorando, conquistando meus espaços.

Acredite se quiser (rolando de rir), até sua irmã foi uma peça-chave na minha vida. No dia do meu divórcio não poderia ter outra pessoa comigo que não fosse ela. Ela me ajudou a manter a paz interior que eu havia encontrado e não perder a “classe e a compostura” e voar de porrada em cima do extinto e do ex amigo, que pareciam dois capetas tentando me tirar do foco e da serenidade conquistada a tão duras penas (rolando de rir).

Ela me disse que preferia me ver pobre e falida e com a paz de espírito que eu havia conquistado, a ficar estressada como eu ficava por causa desse assunto.

Conclusão, não quis nada além do que era meu (meus diplomas) e juridicamente o mandei engranzar, o que era meu e que podia ficar por lá ou no lixão que dava na mesma.

Até minha relação com minha casa e família mudou.

Hoje eu amo essa casinha amarela, construída as duras penas, há 60 anos atrás, pelo meu avozinho, perto da cidade, a contados 157 passos da escolinha onde subistituo esporadicamente, porque a advocacia tomou conta da minha vida, com meus três velhinhos, cachorro e papagaio, onde atormento todos eles com meu bom humor insuportável e recebo meus verdadeiros amigos. E entre eles estão o pessoal que freqüenta a casa da sua mãe e que vieram em comboio, no ano passado, quando souberam que havia perdido uma pessoa muito querida.

A afinidade é tanta que eles até sabem que se eu desapareço é porque to trabalhando feito doida, e quando recuso muitos convites pra sair é porque estou estressada e prefiro me recolher.

Mas eles não se deixam abater, me cutucam até que eu expresse tudo que estou sentindo, para não ficar com negatividade acumulada. E tudo isso ocorre naturalmente, o que é o mais legal.

E Deus usou você como um dos instrumentos para que eu chegasse onde estou.

Sou muito grata a você por isso.

Te adoro muito, só não me comunico mais por falta de tempo e sei que nossas vidas mudaram e os horários não batem e coisa e tal.

Obrigada de coração Cizoka, você uma vez disse que íamos abalar Sorocaba, mas fizemos melhor do que isso, abalamos nossas estruturas, tristezas, rancores e medos, amadurecemos e hoje somos “AS MINA FIRMEZA”, e não tem pra mais ninguém.

Feliz Aniversário. Seja muito feliz na sua nova vida, com seu amor, seu trabalho e dá um alô de vez em quando, viu...

Bjks, da eterna Gyzoka!!!




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