quinta-feira, 5 de junho de 2008

Home office

Particularmente, já adotei essa política.
Foi só calcular o gasto com transporte, alimentação, vestuário e maquiagem...porque não.
Comecei a planejar isso no começo de 2008, aliás está no post 2008, neste blog.
Sem contar a praticidade de poder me isolar, pois não gosto de muita gente falando enquanto peticiono ou estudo.
Minha presença real só é necessária, no momento, em atos indispensáveis ou em atendimento agendado.
Qualidade de vida e economia. Visando alçar vôos maiores.
Empresas estimulam a política do home-office
Naiana Oscar Notícia publicada na edição de 04/06/2008 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno C - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

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Eles encontraram uma forma de fugir dos congestionamentos de São Paulo: simplesmente, não vão. Por iniciativa própria ou incentivados pelas empresas, muitos paulistanos têm optado pelo teletrabalho - ou seja, por trabalhar em casa. Pesquisa realizada este ano pela Ong Market Analysis, com 345 trabalhadores em nove capitais, incluindo São Paulo, mostra que o serviço virtual já é adotado por 23% dos funcionários do setor privado. As microempresas, com até quatro funcionários, são as que mais se utilizam do teletrabalho. Já são 10,6 milhões de teletrabalhadores no País - em 2001, eram apenas 500 mil.
E isso também resulta em produtividade. Segundo um estudo da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a cidade perde por ano R$ 4,1 bilhões com congestionamentos e o paulistano poderia converter em renda 30% do tempo que perde para se deslocar até o trabalho. Pelo menos cinco empresas com sede na capital investem em teletrabalho. Entre elas está a IBM. Há cinco anos, a multinacional passou a estimular os funcionários a trabalhar de casa.
Mesa, cadeira, laptop, telefone, banda larga, tudo é reembolsado pela empresa. O local físico é o que menos importa. Se para ele é melhor, por causa do trânsito e da família, oferecemos essa possibilidade. Sempre com base na confiança e na responsabilidade, diz a gerente de Recursos Humanos da IBM Brasil, Fabiana Galetol. Apesar dos incentivos, nem todo mundo teve coragem de se aventurar de imediato pelo mundo do home-office. A cultura do relacionamento gerencial, da presença na empresa, ainda é muito forte.
Com 29 anos de casa, o gerente de Satisfação do Cliente na América Latina, Fausto Mantovani, de 48 anos, só se rendeu ao trabalho doméstico há dez meses, quando sua relação com o trânsito ficou insustentável. O teletrabalho é uma tendência irreversível nesta cidade.
Para o professor de Engenharia de Transportes da Universidade de São Paulo (USP), Jaime Waisman, é algo possível e desejável. Segundo ele, além de interessar às empresas, pode ser uma contribuição à qualidade de vida da capital, uma vez que reduz o número de viagens. Cerca de 70% dos deslocamentos na cidade são de ida e volta para o trabalho. Em Los Angeles , o home-office diminuiu em 6% esse tipo de viagem, observa.
Por conta desse impacto, a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt) defende que o incentivo ao ‘deslocamento zero parta, não só das empresas, mas também do poder público. Nos Estados Unidos e em várias cidades européias, o governo oferece benefícios fiscais para as empresas que adotarem o teletrabalho, afirma a presidente, Ana Manssour.
Outro defensor é o especialista em empreendedorismo e professor da Business School de São Paulo Álvaro Mello, que esteve este ano na Flórida (EUA) e conheceu o projeto local de redução de congestionamentos. Entre as estratégias para se alcançar as metas de mobilidade está o teletrabalho. Duas empresas que visitei recebem incentivos fiscais se provarem que diminuíram o número de carros nas ruas, disse. Aqui, todo mundo reclama do trânsito, mas até agora não há nenhuma iniciativa do governo que faça efetivamente as pessoas deixarem o carro em casa.
Exemplos
Um microempresário paulistano tirou de circulação 60 pessoas em 2007. Ele criou uma empresa de call center em que todos os funcionários, com computador e banda larga, trabalham de casa. Fomos na cara e na coragem. Não havia isso no País, diz a diretora comercial da Virtual Call, Cláudia Vaz.
Enquanto isso, os gerentes de negócios da Ticket, empresa do setor de convênio de refeição, começaram a organizar seus horários de casa e as vendas aumentaram 40%. Com a possibilidade de fugir dos congestionamentos da manhã e da tarde, passaram a fazer, juntos, 1.770 visitas a mais por mês. Nossos gerentes têm total autonomia, afirmou a superintendente de Vendas da empresa, Dalva Braga.
Com a mesma filosofia, a Nortel, uma empresa de tecnologia, formalizou há um ano e meio a política do home-office. A cidade está virando um caos e avaliamos que era o momento ideal para tomar essa iniciativa, diz a diretora de Recursos Humanos, Viviane Gaspari.

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