domingo, 8 de junho de 2008

NADA ACONTECE POR ACASO

NADA ACONTECE POR ACASO

Este final de semana foi uma “maravilha”, peguei gripe, fiquei rouca, tive que desmarcar um compromisso com minhas amigas, o namorado foi buscar seu cachorro em outra cidade e “por acaso deu uma passadinha numa festa” (se fosse antigamente eu estaria “virando em volta de raiva”, hoje ao invés de me estressar, aproveito para fazer outras coisas ou colocar em ordem as coisas pendentes, amanhã já esqueci. Se ficar insustentável aí sim a atitude é drástica).

Minha mãe, católica carismática fervorosa, estava sintonizada na Canção Nova, enquanto preparava o almoço, quando saí do banho.

Eis que ouço uma frase que me chamou a atenção imediatamente: “Síndrome do Pânico”.

Nunca quis postar nada sobre depressão, ansiedade e Síndrome do Pânico, mas hoje isso é mais forte do que a vontade de esquecer que já passei por isso.

Quem palestrava era o Dr. Marcos Roque Savioli http://tv.cancaonova.com/mostramateria.php?id=4421; http://www.roquesavioli.com.br/livros.htm;

Rapidamente me sentei e passei a ouvir os dados que repasso agora.

Segundo esse doutor, três a cinco por cento da população mundial tem depressão e essa é a doença do Século XXI. Ele é cardiologista e disse que a depressão e a Síndrome do Pânico, são um grande fator de risco para doenças cardiovasculares.

Vibrei, como quem comemora um gol aos 44 minutos do segundo tempo de um jogo de futebol, quando ouvi deste renomado doutor que depressão não é “chilique” ou “frescurite”.

Obviamente que a vibração não se deu pelo fato de saber que tais doenças existem, mas ao saber que tão renomado médico palestrava sobre esse assunto, que existe um livro e uma palestra disponíveis para a compra e assim esclarecimento de milhões de pessoas além daquelas que assistiram a palestra hoje.

Segundo ele, são gastos oitenta e três milhões de dólares anualmente, nos Estados Unidos, no tratamento da depressão e afastamento dos trabalhadores de seus afazeres.

Os sintomas mais frequentes são: deixar os afazeres, falta de apetite e insônia.

O paciente corre o risco de sofrer um enfarto, acidente vascular cerebral e câncer, o que me remete a este post: http://livreepensadora.blogspot.com/2008/05/aceitao.html e este: http://livreepensadora.blogspot.com/2008_05_01_archive.html

Há depressões maiores e menores, e ambas são difíceis de diagnosticar, existe ainda a depressão atípica, que atinge mulheres após a menopausa (ou quando toma hormônios que impedem a menstruação, -grifo meu-) mulheres depois da menopausa apresentam excesso de apetite especialmente para massas e doces.

Mulheres na menopausa, por volta dos 45 anos tem maior propensão a ter doenças cardiovasculares e depressão pela falta dos hormônios estrógeno e progesterona, e é nessa fase que, regularmente seus filhos saem de casa, aumentando ainda mais essa sensação entre os 45 e 50 anos, principalmente se seu foco principal foram os filhos, ser dona de casa e a vida social dos integrantes da família.
Se a mulher focou sua vida inteira nos filhos se sentirá vazia e, se não tiver mais nada de bom em sua vida tem maiores riscos de sofrer de depressão. Se o marido se aposenta então, o quadro tende a piorar, pois serão dois estranhos vivendo dentro da mesma casa e ela observará vícios e manias do cônjuge que até então não havia notado.
A depressão, segundo o palestrante, é a perda do sentido da vida: profissional, pessoal ou material.
Viver é saber administrar as perdas.
Podemos perder dinheiro, saúde, posição social,mas, segundo o Dr. Roque Savioli, não podemos perder a fé.
Outro grande erro é pensar que ao procurar um psiquiatra estamos procurando um "médico de loucos", estamos apenas procurando a ajuda adequada.
Na depressão, segundo ele, existem três sintomas comuns:
1- Ansiedade: medo do amanhã.
2- Melancolia: medo do presente ( a eterna pergunta: como poderei fazer isso...)
3- Sentimento de culpa: nos cobramos pelos erros do passado.
O deprimido só se lembra de coisas ruins.
Muitos se recusam a tomar a medicação "faixa preta", e o médico afirma categoricamente que o deprimido tem que tomar para melhorar seu humor e acabar com a melancolia.
No campo da religião ele ressalta que na Bíblia, Eclesiastes 38, há uma passagem que diz "Toda ciência vem de Deus"
Ainda, a culpa não tem remédio, o que pode curar o sentimento de culpa é a Fé ( para quem tem sentimento de culpa-pois existem pessoas que não a tem-).
Ele relatou que São Paulo, quando preso, com temor e horror do cárcere proferiu as seguintes palavras aos Filipenses: entreguem todas as suas preocupações a Deus e ainda, "Alegrai-vos sempre no Senhor", isto antes de ser trucidado.
Alegria significa ver o mundo sob uma ótica diferente e o sofrimento como pedagógico pessoal.
Dificilmente dobramos nossos joelhos na alegria e sim no sofrimento.
Nós geramos o sofrimento, segundo a Carta de São Paulo aos Filipenses (3,13) devemos prescindir o passado e nos atirar para frente.
Quando revivemos algo antigo, passado, revivemos os problemas.
Devemos buscar as coisas do Alto, como dizia o saudoso Pe. Leo.
Entender as coisas sobre os olhos da Fé.
O Dr. Roque Savioli contou a história de Zé Dentista, homem bom, caridoso, atendia os pobres de madrugada e nem por isso deixou de ter Síndrome do Pânico. O médico tratava seus dentes com esse dentista e, um dia, quando foi consultar-se encontrou-o apenas de calção, ele não conseguia vestir suas roupas e tinha sensações de calor e de frio.
Passada a crise, depois de ser tratado Zé Dentista dizia: "Eu louvo a Deus por ter passado pela Síndrome do Pânico, pois achar que ia morrer me fez fazer uma revisão de vida. Falou para Deus que podia ser levado. Hoje ele está bem, medicado, sem crise e vivendo todos os dias como se fosse o último.
Segundo Vitor Franco o sofrimento provoca o despertar da Alma.
O perdão, ou melhor a capacidade de perdoar aumenta a longevidade e diminui a incidência de enfartos.
Continuo postando depois...pois vem a fase do tratamento do Pe. Leo.
De minha parte, digo que já passei por essa experiência, é dolorosa, onerosa, leva as pessoas a desacreditarem de nossas potencialidades. Mas também acredito na cura, que depende desde os medicamentos até as pessoas que nos cercam, condições geográficas, climáticas, e tantas outras. Mas esta parte será postada na continuação das minhas anotações dessa palestra.
Agradeço à gripe que me proporcionou assistir essa palestra, hora emocionada, hora rindo, sabendo muito bem o que foi dito, pois já senti na pele.
E também ao "fila brasileiro", o cãozinho que vem vindo aí que, segundo o dono se chamará Nero ou Zeus...eu prefiro Zeus, mas vamos ver a carinha do bichinho...rs
Posto aqui um link, com a música que encerrou essa palestra (foi o melhor vídeo que achei disponível, o CD eu tenho, ganhei da Beth da OAB de Angra dos Reis, numa das minhas visitas secretas...realmente, depois que passa a gente ri).
Saudade:
Eu bebo em todas as fontes que alimentem minha espiritualidade, sem preconceitos, só cautela.









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